Recentemente saiu uma pesquisa, e eu como editora, leitora e habitante deste mundo comecei a pensar sobre…
Sabia que só 47% dos brasileiros leem livros? Isso significa que mais da metade da população prefere rolar na tela do celular a se perder numa boa história. Nada contra uns memes ou vídeos engraçados (eu também curto), mas, sejamos sinceros, a vida está cada vez mais frenética. Tudo é tão rápido que parece que estamos vivendo em fast forward. Quem aqui consegue lembrar o que almoçou ontem sem antes dar uma pausa e pensar? Exatamente.
Agora, e se eu te dissesse que a leitura pode ser um baita antídoto para essa correria? Ler é como desacelerar numa estrada cheia de loucos buzinando. Um ato de resistência num mundo que quer nos fazer correr cada vez mais rápido – nem que seja só para ficar no mesmo lugar. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil mostrou que até o número médio de livros lidos por ano caiu: de 4,95 em 2019 para 3,96 agora. Triste né? veja, não tem a ver com consumo, mas interesse. Parece que as telas estão ganhando essa batalha, e nossa atenção, cada vez mais fragmentada, virou o prêmio.
Ao ler um livro, a gente para. O tempo, a cabeça e até as notificações (se você tiver coragem de deixar o celular no modo avião, claro). É uma experiência que não combina com pressa. Você não “maratona” um livro como faz com uma série. Cada página exige tempo, paciência e, claro, imaginação – algo que as redes sociais tentam roubar aos poucos.
Mas calma lá, não estou te julgando (ok, talvez um pouquinho, mas eu entro nessa também). É só um convite: experimente substituir uma ou duas roladas no feed por um capítulo de um livro. Descubra como é bom desacelerar, ficar offline de verdade. Talvez você até perceba que viver não precisa ser tão rápido assim.