As 53 estações da Tôkaidô, de Utagawa Hiroshige

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Editora: Urso

Ano: 2022, 131 páginas em papel couchê fosco 150g, ILUSTRADO | Tamanho: 21x29cm CAPA DURA

Autor: Utagawa Hiroshige, com notas de Ôkubo Jun’ichi

Tradução: Jovanca Kamizi Ichikawa

Sinopse:

A coletânea de imagens ukiyo-e: Tôkaidô gojûsan tsugi (“Cinquenta e três Estações da Tôkaidô) utilizada neste trabalho foi criada e distribuída pelo jornal Yomiuri. A obra de Utagawa Hiroshige (1797-1858) possui várias versões, a que traremos nessa publicação é a versão Hôeidô.

Sua qualidade e descrição das imagens chamam atenção por proporcionarem a contextualização das obras de artes com a viagem que o artista Utagawa Hiroshige fez pela rota Tôkaidô.

Em cada página, uma gravura e na página seguinte, o texto do Dr. Ôkubo Jun’ichi falando sobre a técnica utilizada pelo artista, bem como aspectos históricos e sociais apresentados, sendo assim a primeira publicação não só da série de gravuras de Hiroshige como também de textos sobre cada uma em particular.

Além dos textos do Dr. Ôkubo, contaremos com um prefácio de Diogo Kaupatez sobre ukiyo-e, essa arte que tanto influenciou artistas do mundo inteiro e também ainda desperta tanta curiosidade, trazendo assim uma perspectiva indispensável para o público brasileiro.

Descrição

Na Era Tokugawa foi criada uma estada chamada Tôkaidô que atravessava parte do Japão, indo de Edo até Kyoto. Essa estrada era importante para a política e o comércio, mas além disso, fazia parte do imaginário japonês ao proporcionar tantas trocas culturais entre as regiões e por ela passarem tantas companhias de artistas que levavam essa cultura de um lado a outro das principais cidades japonesas.

Por esse caminho passaram grandes escritores como Bashô e mestres de ukiyo-e como Utagawa Kuniyoshi e Katsushika Hokusai. Mas é Utagawa Hiroshige que ficou famoso por sua série retratando todas as 53 estações da famosa estrada.

No período de Ieyasu Tokugawa, foram construídas estradas que ligavam Edo (atual Tokyo) ao restante do Japão. Tôkaidô era um desses cinco trajetos que ligava Edo à então capital Kyoto. Por toda extensão desta estrada estavam as cinquenta e três estações de parada, na qual haviam estalagens, estábulo e alimento para os viajantes.

Hiroshige fazia parte de uma comitiva que levava cavalos para serem ofertados à corte imperial, estes eram um presente em reconhecimento a divindade do imperador. Assim, em 1832 Hiroshige percorreu a Tôkaidô por diversas vezes. Durante o trajeto observava as paisagens e estas impressionaram-no profundamente. Já durante a viagem o artista criou numerosos esboços. Após voltar para casa, começou trabalhar nas primeiras imagens das Cinquenta e Três Estações da Tôkaidô. Portanto, são retratadas cinquenta e três estações, mais uma imagem do local de partida e outra do local de chegada, totalizando cinquenta e cinco obras.

Ukiyo-e em tradução literal “retratos do mundo flutuante”, são xilogravuras que se destacaram no Japão entre os séculos XVII e XIX. As obras eram impressas ou pintadas. A produção era em conjunto com o artista, que criava a obra; o talhador, que gravava a arte nos blocos; o impressor, que pintava e prensava os blocos nos washi (papel japonês); e o publicador, que financiava, promovia e distribuía os trabalhos.

Apesar do ar místico que tal nome invoca, os “retratos do mundo flutuante” se referiam em sua maioria às cenas do cotidiano do Japão daquela época. Isto é perceptível em como o escritor Asai Ryoui referia-se a si mesmo e aos seus seguidores:

…nos dedicávamos a beber vinho, a nos divertir flutuando, apenas flutuando; sem nos importar o mínimo com a pobreza que nos rodeava, recusando-nos a desanimar, como uma abóbora que flutua na corrente de um rio: a isto denominamos o mundo flutuante

Ou seja, tais retratos eram representações da vida, comemorações de seus prazeres e diversões, celebrações de sua qualidade epicurista em um mundo, como o termo budista Ukiyo implica, transiente, passageiro. Cabe esclarecer que tal arte, antes de serem usadas no design de ilustrações, era empregada na produção literária, entalhando o escrito nos blocos de madeira, pintando e pressionando-os contra o papel, sendo só mais tarde que as imagens começariam a figurar dentro e fora dos livros. Estes eram chamados de Ukiyo-zoushi e podiam ser histórias de fantasmas, romances, guias de viagem, contos eróticos, livros sobre samurais entre outros.

Nos Ukiyo-e são representadas a beleza feminina (Bijin-ga), sejam elas reais ou idealizadas, realizando diferentes atividades e ocupações, sejam em ambientes públicos ou privados; atores e cenas de Kabuki, assim como lutadores de sumô e suas lutas, ilustrados tanto para promover o evento quanto para imortalizar seu desempenho (Yakusha-e, Sumou-e); cenas de viagens e vistas famosas (Meisho-e) já que viajar era considerado um dos grandes prazeres da vida; paisagens com suas exuberantes faunas e floras (Kachou-e); pornografia (Shun-ga); crimes e violência (Muzan-e); cenas históricas, lendas populares, e contato dos japoneses com os recém chegados ocidentais (Nagasaki-e, Yokohama-e) entre outros.

A coletânea de imagens ukiyo-e: Tôkaidô gojûsan tsugi (“Cinquenta e três Estações da Tôkaidô) utilizada neste trabalho foi criada e distribuída pelo jornal Yomiuri. A obra de Utagawa Hiroshige (1797-1858) possui várias versões, a que traremos nessa publicação é a versão Hôeidô.

Sua qualidade e descrição das imagens chamam atenção por proporcionarem a contextualização das obras de artes com a viagem que o artista Utagawa Hiroshige fez pela rota Tôkaidô.

Em cada página, uma gravura e na página seguinte, o texto do Dr. Ôkubo Jun’ichi falando sobre a técnica utilizada pelo artista, bem como aspectos históricos e sociais apresentados, sendo assim a primeira publicação não só da série de gravuras de Hiroshige como também de textos sobre cada uma em particular.

Além dos textos do Dr. Ôkubo, contamos com um prefácio de Diogo Kaupatez sobre ukiyo-e, essa arte que tanto influenciou artistas do mundo inteiro e também ainda desperta tanta curiosidade, trazendo assim uma perspectiva indispensável para o público brasileiro.

O livro tem tamanho 21×29 (A4) em papel couchê fosco 115 gramas, todo colorido.

Informação adicional

Peso 400 g
Dimensões 31 × 22 × 4 cm

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