Descrição
Amaterasu, Susanoo, Tsukuyomi, Izanagi e Izanami…
Qual fã de cultura japonesa já não ouviu falar desses nomes? São os mais conhecidos deuses — ou kami — da cultura japonesa, mas quantas vezes quisemos acesso às suas histórias originais e não encontramos?
Esses e MUITOS outros kami foram registrados em um compêndio do século VIII chamado Kojiki, considerado o livro mais antigo sobre a história do Japão!
Nele estão registrados as mais antigas divindades, de uma época que o mundo ainda era apenas névoa, além de imperadores e imperatrizes mitológicos, incluindo a origem divina da família real…
O nome “Kojiki”, em sua origem, significa “registro das coisas antigas”.
O compilado foi apresentado por Ô no Yasumaro à Imperatriz Gemmei em 712 (Período Nara). O livro foi baseado em eventos que tinham sido memorizados de um livro anterior, o Kujiki, e também baseados nas histórias que passaram de geração em geração, assim como histórias memorizadas por Hieda no Are.
Este texto sagrado mescla mitologia, lendas e história para narrar a criação do Japão e a genealogia dos deuses xintoístas e dos primeiros imperadores japoneses. Repleto de contos fascinantes sobre divindades como Izanagi e Izanami, que moldaram o arquipélago japonês, e de heróis como Yamato Takeru, o Kojiki é uma obra fundamental para compreender a cultura, a religião e a identidade nacional do Japão.
O Kojiki é formado por vários registros de lendas, deuses, causos, poemas e canções populares e é assim divido em três volumes:
Kamitsumaki (rolo superior)
Nesta parte é contido o prefácio e os registros das histórias dos kami (divindades) precursores, que surgiram no início de tudo.
Nakatsumaki (rolo do meio)
Inicia com a história do imperador Jimmu, o primeiro Imperador, e sua conquista do Japão e finaliza com o 15.º imperador, o imperador Ôjin. Muitas histórias são mitológicas e o conteúdo considerado histórico é considerado impreciso.
Shimotsumaki (rolo inferior)
O Shimotsumaki cobre do 16.º ao 33.º imperadores, e diferentemente dos volumes anteriores tem limitadas referências as relações com os deuses, se focando mais nos imperadores.
Nossa edição está prevista para ter 14×21 de tamanho, com capa colorida e papel pólen natural. A paginação terá de 280 páginas a mais.
A edição conta com os três rolos/tomos completos, traduzidos integralmente.
Vale ressaltar que a tradução é feita diretamente do japonês e que se tratam de textos clássicos, por isso preservamos ao máximo o estilo narrativo usado no livro original.
As histórias originárias de um povo são a principal base de sua cultura.
Este livro escrito no século VIII (são 1300 anos até aqui) contém os registros dos primeiros deuses, da formação do mundo, da natureza, dos fenômenos e claro, da sagrada linhagem imperial.
Histórias que estão tão enraizadas no imaginário japonês que viraram arquetípicas. Neste livro vamos conhecer o casal divino Izanami e Izanagi e consequentemente seus filhos, entre os mais famosos Susanoo e a deusa do sol Amaterasu.
A primeira e mais conhecida tradução foi para o inglês, feita pelo renomado japanólogo Basil Hall Chamberlain, em 1919. Em 1968, Donald L. Philippi também o traduziu. Hoje em dia existem traduções em espanhol, francês, alemão… Em português, existem algumas traduções no âmbito acadêmico, porém, nunca publicadas em formato de livro para o público brasileiro: esta será a primeira publicação da tradução integral em língua portuguesa.
Trata-se de um trabalho cuidadoso de tradução de um idioma que não mais existe que é o japonês clássico. Para exemplificar, se temos algumas dúvidas sobre algumas passagens de Castro Alves por conta de palavras desconhecidas, imagine não conseguir ler nada de “O navio negreiro”? pode-se dizer assim, a grosso modo, da diferença entre o japonês clássico e o japonês moderno. Por isso, a edição é permeada de notas culturais que ajudarão o público a se aproximar mais da cultura clássica japonesa e de sua forma de registro mitológico.
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